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Dueto das Invernias

César Oliveira

LetraSignificado

    O inverno chegou guasqueando
    Rebencaços de Minuano
    Sapecando o couro paisano
    E o tapete das sesmarias
    Veio arrepiar o pêlo
    Do "egüêdo" no socado
    Assoviando no arramado
    O dueto das invernias

    Esta aragem sulina
    que se agranda a "encaranga"
    Esbarra num bichará
    E no meu cabungo tapeado
    Faz talarear compassado
    As rosetas das "espuelas"
    Rebojando a "pontesuela"
    Na franja do meu gateado

    Um velo branco descamba
    Pelo lombo das canhadas
    Com apojos de alvoradas
    Desaguachada em sereno
    Num trotezito tranqueado
    O vento tosta a macega
    Calando a geada sem trégua
    No repechar do terreno

    Com meia braça de sol
    A tarde bolca mermando
    E a noite se arranchando
    Sombreia várzea e coxilha
    O sopro que vêm dos "Andes"
    Vara a quincha do galpão
    Mas se trompa com os tição
    Fogoneando coronilhas

    Então encosto o porongo
    Ao pé da guacha cambona
    Sobre as abas da carona
    Dou de mão na botoneira
    No templo de picumãs
    Aqueço sonhos e segredos
    Desentanguindo meus dedos
    No braseiro das ilheiras

    É assim que um fronteiro
    "Aquebranta" as invernias
    "Aclimatando" as sinfonias
    De rangir "paysandu" em potros
    Há uma pai-de-fogo que guarda
    A alma bugra no templo
    Ou vem por diante dos tentos
    Num rancho marca piloto


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