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Retrato de Pampa e Invernada

César Oliveira

Letra

    Destapo a imagem do pago
    Sempre que estendo uma tropa
    Num corredor aramado
    Destes que cortam rincões
    A casco, marco as razões
    Que povoam o campo aberto
    Quando aparto o que é certo
    Das mentirosas visões

    Na riqueza do meu mundo
    De espora, poncho e arreio
    Sei o que um pingo de freio
    Pode ou não pode fazer
    Do amor de um bem querer
    Faço munício pra vida
    Num mate depois da lida
    Nas cismas do entardecer

    Da invernada do lagoão
    Até o potreiro das casa
    Pouco mais de meia quadra
    De várzea, trevo e coxilha
    Grama buena, de forquilha
    Nativa das sesmarias
    E um ventito que arrepia
    O pêlo da minha tordilha

    Dos laços que vertem braças
    E abraçam as aspas e mãos
    A firmeza no garrão
    E a certeza no serviço
    E talvez seja por isso
    Que a pampa ande estampada
    Num retrato de invernada
    Na rudez do meu ofício

    Num fundão de fim de mundo
    Bordado a cova de touro
    O trabalho enruga o couro
    Na volta braba do dia
    O berro da gadaria
    Reponta um resto de inverno
    No terrunho amor materno
    Da vaca lambendo a cria

    Composição: Anomar Danubio Vieira / Luciano Maia / Rogerio Mello. Essa informação está errada? Nos avise.

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