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No Rastro de Uma Milonga

César Oliveira

Letra

    Quando pealo uma milonga, sou céu estrela e caminho
    Com um coração caborteiro, costeando as cordas do pinho
    Sinto o apelo da terra, que anda no vento a vagar
    E ouço a voz de um ancestral, me pedindo pra cantar

    O sereno se transfigura, e o vento fica parado
    Quando escuto uma milonga, pastando no meu costado
    Em qualquer sinal de fogo, onde pousou um campeiro
    Tem um rastro de milonga, de algum cantor galponeiro

    parafraseando larralde, cantor com voz de clarim
    Eu também nasci na pampa, num ranchito de capim
    E até o bufido dum potro é uma milonga pra mim

    Quando eu pealo uma milonga, na inspiração abro um rombo
    E enxergo um touro berrando, atirando terra no lombo
    Assim nessas noites pampas, faiscando pirilampos
    No topo de uma coxilha a milonguear eu me acampo

    No abraço da minha vinguela, as garças voam em bando
    E no potreiro das seis cordas, vão potros escramuçando
    Por isso corredores, quando a estrada se alonga
    Ando eu a minha guitarra, no rastro de uma milonga


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