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Xucro Ofício

César Oliveira

Letra

    Nem bem clareia já me encontro chimarreando
    Ao pé do fogo que me aquenta as madrugadas
    Daqui a poquito o Sol desponta no horizonte
    Tô desde ontonte co'as ideia engarrafada

    Pra o parapeito do galpão arrasto as garra
    Buçal na mão, vou tiflando pra mangueira
    Meio sestrosa me cuidando a matungada
    Vem da invernada e fica flor de caborteira

    Mas que me importa se eu me levantei aluado
    Cano virado das minhas botas garroneiras
    Toda segunda tem bagual de lombo inchado
    Advinhando que passei de borracheira

    Junto as argolas do cinchão no osso do peito
    Procuro um jeito, busco a volta e me enforquilho
    Depois que munto e atiro o caixão pra trás
    Só Deus com um gancho pra me sacar do lombilho

    Me dá vontade de prender o buçal na cara
    Deste picaço que esqueceu como se forma
    Mas eu garanto que embaixo dos meus arreios
    Conhece o freio e aprende a respeitar as normas

    Pego-lhe o grito e tacho os ferros na paleta
    De boca aberta o queixo-roxo vende garra
    Lida baguala que em muitos mete medo
    Meu xucro ofício que por vício fiz de farra

    Composição: Anomar D. Vieira / Zulmar Benitez. Essa informação está errada? Nos avise.

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