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Sob As Mangas do Aguaceiro

César Oliveira

Letra

    A manga calma se transforma em aguaceiro
    O chuvisqueiro desentoca um campomar
    Que se tolda em cima d'um baio-oveiro
    Com meu sombreiro que tombeia ao desaguar

    Fechô seis dias que eu lido no alagado
    E o banhado já virou um tremendal
    Onde é várzea se tornou tudo encharcado
    Campo dobrado, vertente de lamaçal

    Até a baeta do meu poncho está molhada
    Garra ensopada de varar passo e sanga
    O galpão virou um varal de arreios
    Oreando aperos enxaguados pela manga

    O gado berra nostalgiando tempo feio
    E a parelha do arreio calejou-se das basteiras
    Lombo molhado pra pisar foi bem ligeiro
    Inda a força do potreiro tá debaixo da aguaceira

    Uma estiada negaceia por matreira
    Com cisma de caborteira vem escondendo a cara
    Do meu galpão sorvo as horas tramando tentos
    Desquinando pensamentos, remendando alguma garra

    Então me olvido empreitando esta faina
    Pois a força divina jamais falha e nunca erra
    Talvez a chuva seja o adubo já gasto
    Que veio firma o pasto e largá uma graxa na terra

    Composição: André Oliveira / Rogério Melo. Essa informação está errada? Nos avise.

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