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Meu Zaino Estrelo

César Oliveira

Letra

    (Chamarrita)

    Quando eu lhe agito em bornal
    Cheio de milho quebrado
    De longe vem pra o buçal
    Com olhar de potro mimado

    Espero então que ele coma
    Sem pressa até o último grão
    Pois lhe ensinei desde a doma
    Que não se injeita nunca a ração

    Enquanto o Sol se levanta
    Vou rasqueteando seu pelo
    Pra depois com estilo pampa
    Encilhar meu zaino estrelo

    Com a cincha eu lhe aperto ao meio
    Até murchar suas orelhas
    Pra não afrouxar os arreios
    Quando eu voltar com as estrelas

    Pois quando eu tardo seu trote
    E a Lua branqueia a mata
    Se alumbra o meu cerigote
    Com as cabeçada de prata

    Se o vento arrasta o chinelos
    Me cuidam seus olhos negros
    Quando a mão, feita um cutelo
    Bate o cinchão dos pelegos

    Só depois que eu ronco a bomba
    Eu saio coxilha afora
    Cantando pra minha sombra
    Com os papagaios da espora

    Meu tranqueador zaino estrelo
    Vendo a caça não se agita
    Pra que eu traga nos pesuelos
    Um lindo tatu mulita

    E até parece uma criança
    Com sua ingênua atitude
    Entrando na aguada mansa
    E batendo a pata no açude

    Depois que ali mata a sede
    Voltando de algum rodeio
    Traz sempre um pastinho verde
    Forrando o bocal do freio

    Composição: CESAR OLIVEIRA / Edilberto Teixeira. Essa informação está errada? Nos avise.
    Enviada por Roos. Revisão por Luiz. Viu algum erro? Envie uma revisão.

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