I Don't Know

Reflexão existencial e busca interior em “I Don't Know”

A escolha de Céu por reinterpretar “I Don't Know” ganha um significado especial ao se considerar a origem da canção. Composta originalmente pelos Beastie Boys, a música foi criada como uma bossa nova por três músicos judeus brancos em Nova York. Céu destaca essa inversão cultural, mostrando como a busca por sentido e paz interior é um tema universal, presente tanto na letra quanto em sua própria trajetória artística.

O trecho “What's pleasing to the eye / In the delusion of my sight / Is not what I find when I reach into the light” (O que agrada aos olhos / Na ilusão do meu olhar / Não é o que encontro quando chego à luz) reflete sobre as ilusões e decepções que surgem ao tentar compreender a si mesmo e o mundo. A repetição do refrão “I don't know / Who does know? / There is no / Where to go” (Eu não sei / Quem sabe? / Não há / Para onde ir) reforça a sensação de incerteza existencial e a falta de respostas definitivas. A letra reconhece a dificuldade de encontrar clareza e direção, mostrando que a busca por sentido é um processo contínuo: “There is no other worthy quest / So on I go” (Não há outra busca que valha a pena / Então eu sigo). Ao trazer sua vivência pessoal e sua ligação com Nova York e os Beastie Boys, Céu aprofunda a reflexão sobre identidade, pertencimento e a universalidade da dúvida, tornando a canção relevante para quem já se sentiu perdido ou em busca de respostas.