cronicamente online

Crítica ácida à cultura digital em “cronicamente online”

A música “cronicamente online”, de chard la plaga, faz uma crítica direta e sarcástica à cultura digital e ao comportamento de quem vive constantemente conectado. O título já indica o foco: ser “cronicamente online” significa estar tão imerso na internet que isso passa a definir a identidade e as relações pessoais. O artista ironiza esse excesso de exposição e drama virtual, como no verso “a culpa não é minha se você é cronicamente online / Para de me perturbar e vai tratar sua borderline”, onde sugere instabilidade emocional e reforça o tom provocativo da faixa.

A letra mistura gírias, referências à cultura pop, ao rap e ao universo digital, criando um retrato irreverente da juventude hiperconectada. Trechos como “dois celular, por isso a tropa avança / um é pras cadela e o outro eu cuido das finança” brincam com o estereótipo do trapper que separa vida amorosa e negócios. Já “aciono shooter da Califórnia” e “Se eu te ver na minha frente, isso vira Columbine” trazem um tom ameaçador e polêmico, usando referências internacionais e episódios violentos para chocar e provocar. O humor aparece em menções a Mussum e Medina, enquanto críticas a “e-girls” e “clones dessa vadia” apontam para a superficialidade dos relacionamentos virtuais. No geral, “cronicamente online” mistura crítica social, autoafirmação e deboche, refletindo o estilo direto e provocador de chard la plaga.