
Não Aceito
Charlotte Matou Um Cara
Violência de gênero e resistência em “Não Aceito”
A música “Não Aceito”, da banda Charlotte Matou Um Cara, começa com um áudio polêmico de Paulo Maluf, em que ele diz: “tá com vontade sexual estupra, mas não mata”. Essa escolha já deixa clara a crítica central da faixa: a naturalização e a minimização da violência sexual por figuras de poder no Brasil. O trecho conecta diretamente com versos como “sadismo masculino instituído de batismo” e “narrativa machista de história genocida”, que denunciam como o machismo está presente nas estruturas sociais e históricas, sendo perpetuado desde o nascimento e legitimado por discursos oficiais e familiares.
A repetição do verso “me destrói todo dia” reforça o impacto diário e contínuo da opressão patriarcal sobre as mulheres, mostrando que a violência de gênero não é um caso isolado, mas uma agressão constante. Quando a banda afirma “não aceito repressão sobre mim”, deixa clara uma postura de resistência e recusa diante desse sistema opressor. O verso “autoritarismo validado no machismo / agride e persegue todas nós durante a vida” amplia a crítica, mostrando que o problema é coletivo e estrutural, atingindo todas as mulheres. Ao trazer referências diretas ao estupro, tanto no discurso de Maluf quanto na letra, a música evidencia a gravidade da violência sexual e a urgência de combatê-la. O refrão funciona como um grito de indignação e luta contra a repressão patriarcal institucionalizada.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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