
Qui Nem Jiló (part. Rosinha)
Chico Bento
A saudade e o alívio do canto em “Qui Nem Jiló (part. Rosinha)”
Em “Qui Nem Jiló (part. Rosinha)”, Chico Bento utiliza a comparação entre a saudade e o jiló, um vegetal de sabor amargo, para expressar de forma direta o sofrimento causado pela ausência de um amor. A expressão regional “qui nem jiló” aproxima a canção do cotidiano nordestino, tornando o sentimento de amargura facilmente compreendido por quem conhece o jiló e sua fama. Essa escolha reforça o tom coloquial e a identificação com a cultura popular da região.
A letra alterna entre a aceitação da perda e o desejo de reencontro. Lembrar do amor perdido é algo suportável, mas a esperança de revê-lo transforma a saudade em uma dor intensa: “Saudade, entonce, aí é ruim / Eu tiro isso por mim / Que vivo doido a sofrer”. O verso “Ai quem me dera voltar / Pros braços do meu xodó” revela o desejo de retorno, enquanto “Saudade assim faz roer / E amarga qui nem jiló” retoma a metáfora central do jiló para traduzir o sofrimento. Apesar da dor, a música traz uma mensagem de resistência: “ninguém pode dizer / Que me viu triste a chorar / Saudade, o meu remédio é cantar”. Aqui, o ato de cantar aparece como uma forma de enfrentar a tristeza, mostrando como a música é usada no Nordeste tanto para expressar quanto para aliviar sentimentos difíceis.



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