
Sinal Fechado
Chico Buarque
Relações interrompidas e repressão em “Sinal Fechado”
Em “Sinal Fechado”, Chico Buarque retrata a superficialidade dos encontros urbanos para expor a sensação de impotência diante das restrições impostas pela ditadura militar. O diálogo entre os personagens é marcado por frases rápidas, promessas não cumpridas e despedidas apressadas, mostrando como o medo e a autocensura dificultavam uma comunicação verdadeira naquele contexto. Chico gravou a música em 1974, durante um período de forte repressão, usando o cotidiano como forma de driblar a censura e abordar temas políticos de maneira sutil.
A metáfora do trânsito e do semáforo, presente em frases como “O sinal... Vai abrir, vai abrir...”, simboliza tanto as limitações da vida moderna quanto as barreiras criadas pelo regime autoritário. Os personagens, ao dizerem “Eu vou indo, correndo pegar meu lugar no futuro...” e “Eu vou indo, em busca de um sono tranquilo...”, expressam uma busca por segurança e estabilidade, mas sempre interrompida por fatores externos. O tom direto da conversa, junto à melancolia das palavras não ditas e dos reencontros adiados, revela o desejo reprimido de conexão e liberdade, sufocado pelas circunstâncias históricas e sociais da época.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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