
Angélica
Chico Buarque
Dor e resistência materna em "Angélica" de Chico Buarque
Em "Angélica", Chico Buarque retrata a dor e a luta de Zuzu Angel, mãe do estudante Stuart Angel, desaparecido durante a ditadura militar. A repetição da pergunta “Quem é essa mulher” destaca a busca por identidade e evidencia a invisibilidade e o isolamento impostos a Zuzu diante da repressão. A letra constrói um clima de luto e resistência, mostrando a mãe que, mesmo silenciada, insiste em cantar para o filho ausente, transformando seu sofrimento em denúncia.
O verso “Só queria embalar meu filho / Que mora na escuridão do mar” faz referência direta ao destino incerto de Stuart, cujo corpo nunca foi devolvido à família, simbolizando a perda irreparável e a sensação de que o filho está em um lugar inalcançável. Metáforas como “Só queria agasalhar meu anjo / E deixar seu corpo descansar” expressam o desejo de Zuzu de dar paz ao filho, enquanto “Queria cantar por meu menino / Que ele já não pode mais cantar” mostra a tentativa de manter viva a memória de Stuart, silenciado pela violência do regime. O lamento recorrente, semelhante ao dobrar de um sino, reforça o tom fúnebre e ritualístico, transformando o canto da mãe em um ato de resistência. O contexto histórico e pessoal de Zuzu Angel, detalhado por Chico Buarque em entrevistas, aprofunda o significado da música, que se torna um tributo à coragem materna e um protesto contra o esquecimento e a injustiça.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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