
Minha História (Gesubambino)
Chico Buarque
Contraste e crítica social em “Minha História (Gesubambino)”
Em “Minha História (Gesubambino)”, Chico Buarque utiliza o nome "menino Jesus" para o protagonista de forma irônica, opondo a imagem de pureza e redenção ao cotidiano difícil de um jovem marginalizado. Essa escolha, que chegou a provocar a censura durante a ditadura, destaca o abismo entre o ideal religioso e a realidade de abandono. O personagem cresce à margem da sociedade, frequentando bares e convivendo com "ladrões e amantes", o que reforça a crítica à exclusão social e à hipocrisia dos rótulos impostos.
A letra narra a ausência do pai e o sofrimento da mãe, ilustrados em versos como "a mãe pregada na pedra do porto" e o vestido "cada dia mais curto", que sugerem empobrecimento e uma espera sem fim. O cenário portuário, associado a partidas e retornos incertos, intensifica o sentimento de desamparo. A mãe, sem apoio, embala o filho com "cantigas de cabaré", mostrando a falta de estrutura familiar e social. Ao crescer, o menino adota uma identidade boêmia e passa a ser reconhecido apenas pelo apelido irônico, evidenciando como a sociedade marginaliza quem foge dos padrões. A canção mistura melancolia e crítica social, retratando o abandono e a exclusão de forma sensível e direta, em uma história que reflete a realidade de muitos nas periferias brasileiras.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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