
Mulheres de Atenas
Chico Buarque
Ironia e crítica social em “Mulheres de Atenas” de Chico Buarque
Em “Mulheres de Atenas”, Chico Buarque e Augusto Boal usam a ironia para criticar a opressão histórica das mulheres, frequentemente mal interpretada como uma exaltação da submissão feminina. O refrão, que sugere que se "mirem no exemplo daquelas mulheres de Atenas", funciona como um alerta sobre os riscos de perpetuar padrões de submissão. A aparente admiração é, na verdade, um recurso para destacar as privações e sofrimentos dessas mulheres, evidenciando a crítica à idealização da mulher submissa.
A letra faz referência a personagens mitológicas como Penélope e Helena, que são lembradas principalmente por sua fidelidade, sofrimento e papel passivo diante das decisões masculinas. Versos como “tecem longos bordados” e “não têm gosto ou vontade / nem defeito, nem qualidade / têm medo apenas” mostram a anulação da individualidade feminina e a naturalização do sofrimento, sugerindo que o medo é o principal motivo da conformidade. Composta durante o regime militar brasileiro, a música também utiliza a opressão das mulheres como metáfora para a repressão política da época. A ironia presente na canção foi uma estratégia para driblar a censura e denunciar injustiças sociais, tornando “Mulheres de Atenas” um retrato crítico da opressão feminina e um convite a questionar padrões históricos de submissão.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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