
Quem Te Viu, Quem Te Vê
Chico Buarque
Distanciamento social e nostalgia em “Quem Te Viu, Quem Te Vê”
“Quem Te Viu, Quem Te Vê”, de Chico Buarque, aborda de forma clara como a ascensão social pode afastar uma pessoa de suas origens e antigos vínculos. A música usa a história de uma passista de escola de samba para ilustrar essas mudanças. No passado, a personagem era “a mais bonita das cabrochas dessa ala”, mas agora, “a gente nem se fala, mas a festa continua”. Esses versos mostram não só o distanciamento emocional, mas também a diferença de ambientes: ela passou a frequentar “noites de gala”, enquanto o samba permanece “na rua”.
O contexto do Rio de Janeiro dos anos 1960, quando Chico Buarque compôs a canção, reforça essa análise. Na época, era comum ver pessoas se afastando de suas raízes ao conquistar um novo status social. O refrão “Quem te viu, quem te vê” expressa surpresa e tristeza diante da transformação. Versos como “Você só dá chá dançante onde eu não sou convidado” e “Hoje eu vou sambar na pista, você vai de galeria” deixam claro o abismo entre os dois mundos: ela agora faz parte de um universo mais elitizado, distante do samba popular. A metáfora da “fantasia” sugere que a personagem se acostumou ao papel de princesa, deixando para trás a autenticidade do carnaval de rua. O tom da música mistura resignação, carinho e saudade, transmitindo a dor do afastamento sem perder o respeito pela trajetória da outra pessoa.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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