
Sem Açúcar
Chico Buarque
Contrastes e submissão em "Sem Açúcar" de Chico Buarque
Em "Sem Açúcar", Chico Buarque aborda a rotina de uma mulher presa em um relacionamento abusivo, marcada por oscilações entre carinho e violência. Versos como “Dia útil ele me bate, dia santo ele me alisa” deixam clara a instabilidade emocional e a imprevisibilidade do parceiro, elementos centrais para entender a atmosfera da música. A narrativa, construída a partir do ponto de vista feminino, mostra como a personagem se adapta e se submete às vontades do companheiro, mesmo diante do sofrimento e da dor.
A letra utiliza metáforas para ilustrar a desigualdade e a submissão, como em “Eu de dia sou sua flor, eu de noite sou seu cavalo”. Durante o dia, a mulher é tratada como algo delicado, mas à noite se torna objeto de exploração, sugerindo perda de autonomia e exploração sexual. O cotidiano da personagem é permeado por medo e incerteza, evidenciado em “Longe dele eu tremo de amor, na presença dele me calo”, mostrando como a presença do parceiro impõe silêncio e repressão. O refrão “Eu rolo sozinha na esteira” reforça a solidão e o vazio emocional, mesmo com o agressor por perto. Assim, Chico Buarque expõe, de forma direta e sensível, a complexidade dos laços abusivos, sem romantizá-los, mas evidenciando a dor e a resignação de quem os vivencia.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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