
Subúrbio
Chico Buarque
Retrato do subúrbio carioca em “Subúrbio” de Chico Buarque
Em “Subúrbio”, Chico Buarque utiliza a palavra “lá” para destacar a distância e a invisibilidade dos subúrbios do Rio de Janeiro em relação ao centro da cidade. Ao dizer “lá não tem brisa / não tem verde-azuis / não tem frescura nem atrevimento”, ele contrasta a realidade simples e dura dessas regiões com a imagem idealizada da "Cidade Maravilhosa", famosa por suas paisagens e pelo glamour turístico. O verso “lá não figura no mapa” reforça a ideia de exclusão, enquanto a referência ao Cristo Redentor “de costas” simboliza o descaso histórico e geográfico, já que a estátua está voltada para a zona sul, ignorando a zona norte e os subúrbios.
Mesmo diante desse abandono, Chico valoriza a força e a cultura das comunidades suburbanas. Ele cita bairros como Penha, Irajá, Olaria, Acari, Vigário Geral e Piedade, convidando-os a “falar” e a mostrar sua voz. A música celebra a diversidade musical desses lugares, mencionando estilos como choro, funk, rock, forró, pagode, reggae e hip-hop. Ao destacar a “língua do rap” e a “roda de samba”, Chico mostra que, apesar da falta de reconhecimento, o subúrbio é um espaço de criatividade e resistência. No final, ele reconhece as dificuldades do cotidiano – “a luz é dura / a chapa é quente / que futuro tem aquela gente toda” –, mas também ressalta a dignidade e a potência cultural dessas comunidades, sintetizando a complexidade do subúrbio carioca de forma direta e sensível.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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