
O Casamento Dos Pequenos Burgueses
Chico Buarque
Ironia e crítica social em “O Casamento Dos Pequenos Burgueses”
Em “O Casamento Dos Pequenos Burgueses”, Chico Buarque utiliza a ironia para desmontar a ideia do casamento perfeito na classe média. A música repete a estrutura “Vão viver sob o mesmo teto / Até...”, mostrando como a rotina e o desgaste minam a relação do casal. O humor ácido aparece em versos como “Ele fala de cianureto / E ela sonha com formicida”, deixando claro o sarcasmo ao tratar de temas sérios, como o ressentimento e a hostilidade escondidos sob a aparência de normalidade.
A canção faz parte da peça “Ópera do Malandro” e foi inspirada em um poema de Bertolt Brecht, o que reforça seu tom crítico. Chico Buarque não apenas satiriza o casamento burguês, mas também denuncia a pressão social para manter as aparências, mesmo quando a relação já está esgotada. A letra sugere que o casal permanece junto por convenção, medo ou inércia, como nos trechos “Até casarem os filhos” e “Até o fim dos dias”. Expressões como “até explodir o ninho” e “até trocarem tiros” mostram que, mesmo diante do desgaste extremo, o casal persiste, ironizando o tradicional voto matrimonial “até que a morte os una”. Assim, Chico expõe as hipocrisias e os sacrifícios silenciosos do cotidiano conjugal, usando o humor para provocar reflexão sobre os limites e absurdos das convenções sociais.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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