
A Bela e a Fera
Chico Buarque
Contrastes e afeto em “A Bela e a Fera” de Chico Buarque
Em “A Bela e a Fera”, Chico Buarque explora a dualidade entre força e sensibilidade ao retratar um homem de aparência rude, descrito com humor em versos como “tórax de Superman” e “dá nó em paralela e almoça rolimã”. Apesar dessa imagem quase caricata, o personagem revela um “coração de poeta”, mostrando que sua essência vai além da superfície bruta. Essa oposição é central na música e reflete o tema do espetáculo “O Grande Circo Místico”, no qual personagens transitam entre extremos, como força e delicadeza, aparência e essência. O contexto do circo, inspirado no poema de Jorge de Lima, reforça o contraste entre o romance improvável do aristocrata e da acrobata, desafiando convenções sociais e expectativas.
A letra sugere que o amor da “bela” tem o poder de transformar a “fera” em alguém nobre, um “príncipe cristão”, mostrando a capacidade do afeto de promover mudanças profundas. O humor aparece em trechos como “quase que eu fiz um soneto!”, revelando uma tentativa desajeitada de romantismo, mas também sinceridade. A imagem da “bela” como centelha que “queima canaviais” destaca o impacto intenso do amor, enquanto a referência às “letras de macarrão” no “bucho do analfabeto” brinca com a ideia de poesia surgindo de onde menos se espera. O pedido final — “abre teu coração ou eu arrombo a janela!” — mistura lirismo e comicidade, expressando uma urgência afetiva que, apesar de infantil, é profundamente humana.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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