
Bicharia
Chico Buarque
Crítica social e resistência em "Bicharia" de Chico Buarque
Em "Bicharia", Chico Buarque utiliza o formato de uma canção infantil para abordar questões sociais profundas, especialmente a exploração e a resistência dos oprimidos. Ao dar voz aos animais, ele recorre a expressões populares como “não é nenhum banana” e “quando a porca torce o rabo” para mostrar que, apesar de suportarem situações difíceis, os explorados têm um limite e podem se rebelar. O uso de onomatopeias e frases como “bicho vira fera” reforça a ideia de que a paciência tem um fim, tornando a letra divertida, mas cheia de significado.
O trecho “Era uma vez (e é ainda) / Certo país (E é ainda) / Onde os animais / Eram tratados como bestas (São ainda, são ainda)” faz uma ligação direta entre o universo dos contos de fadas e a realidade social, sugerindo que a exploração dos mais fracos continua atual. O personagem do “barão espertalhão” que “nunca trabalhava” representa as elites que vivem do esforço dos outros, enquanto os animais simbolizam as classes trabalhadoras. Assim, Chico Buarque usa o tom leve e bem-humorado da música para tratar de temas sérios, mostrando que, quando a opressão ultrapassa o limite, “chega um dia que o bicho chia / Bota pra quebrar”, uma metáfora clara para a revolta dos oprimidos.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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