
Estação Derradeira
Chico Buarque
Fragmentação social e esperança em “Estação Derradeira”
Em “Estação Derradeira”, Chico Buarque retrata o Rio de Janeiro como uma cidade marcada pela diversidade e pela divisão. A expressão “civilização encruzilhada” mostra um lugar onde diferentes realidades sociais e culturais convivem, mas também entram em conflito. O verso “cada ribanceira é uma nação à sua maneira” destaca como as comunidades cariocas têm identidades próprias, reforçando a ideia de fragmentação. A letra aborda ainda a violência e a desigualdade, evidenciadas em trechos como “fronteiras, munição pesada” e “cidadãos inteiramente loucos com carradas de razão”, que refletem tanto a tensão social quanto a tentativa de justificar atitudes individuais diante do caos urbano.
A Mangueira, citada como “derradeira estação”, tem um significado especial. Além de homenagear a escola de samba Estação Primeira de Mangueira, com quem Chico Buarque tem forte ligação, a expressão sugere um destino final ou um refúgio diante da desordem da cidade. O desejo de “ouvir sua batucada” representa a busca por pertencimento, alegria e resistência cultural, mesmo em meio à “noite da grande fogueira desvairada”, uma metáfora para períodos de crise e incerteza. A referência a “São Sebastião crivado” reforça o tom melancólico, evocando o padroeiro do Rio como símbolo de sofrimento e resiliência. A mistura de samba com elementos de jazz e música clássica na canção reforça a complexidade e a modernidade do retrato carioca criado por Chico Buarque.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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