
Mano a Mano
Chico Buarque
Fraternidade e tragédia em “Mano a Mano” de Chico Buarque
Em “Mano a Mano”, Chico Buarque retrata a vida dos caminhoneiros como uma metáfora para a fraternidade, rivalidade e perda entre irmãos. A letra destaca a proximidade e cumplicidade dos personagens, evidenciada em versos como “Meu para-choque com seu para-choque / Era um toque / Era um pó que era um só”, que mostram como eles compartilham não apenas a estrada, mas também uma identidade e destino comuns. O uso de linguagem simples e regional reforça a autenticidade dessa relação e aproxima o ouvinte do universo dos caminhoneiros.
A narrativa ganha intensidade com a chegada de uma figura feminina, descrita de forma idealizada em versos como “Ela era Estrela / Era Flor do Sertão / Era Pérola D'Oeste...”. Essa mulher representa tanto um amor compartilhado quanto a origem da rivalidade entre os irmãos, aprofundando o conflito. As cidades mencionadas na letra — “Nova Viçosa, Matriz, Diamantina, Imperatriz, Três Corações” — ampliam o cenário, funcionando como metáforas para a vastidão dos sentimentos e das distâncias percorridas. O clímax ocorre no acidente fatal, sugerido em “Jamanta fechando jamanta / Na curva crucial”, simbolizando o momento em que a rivalidade supera a fraternidade. O verso final, “lavei as mãos / Do sangue do / Meu sangue do / Meu sangue irmão / Chão”, expressa a dor da perda, a culpa e a tentativa de absolvição. Assim, Chico Buarque e João Bosco criam uma narrativa sensível sobre sentimentos universais, ancorada no cotidiano dos caminhoneiros.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



Comentários
Envie dúvidas, explicações e curiosidades sobre a letra
Faça parte dessa comunidade
Tire dúvidas sobre idiomas, interaja com outros fãs de Chico Buarque e vá além da letra da música.
Conheça o Letras AcademyConfira nosso guia de uso para deixar comentários.
Enviar para a central de dúvidas?
Dúvidas enviadas podem receber respostas de professores e alunos da plataforma.
Fixe este conteúdo com a aula: