
O Jumento
Chico Buarque
Crítica social e ironia em “O Jumento” de Chico Buarque
A música “O Jumento”, de Chico Buarque, utiliza uma linguagem simples e irônica para abordar a exploração e a invisibilidade de quem trabalha duro sem reconhecimento. No trecho “Trabalha, trabalha de graça / Não agrada a ninguém / Nem nome não tem”, o jumento simboliza aqueles que, apesar do esforço constante e dedicação intelectual, são ignorados e desvalorizados pela sociedade. O refrão “Hi-ho” reforça a identidade do personagem, remetendo ao som típico do animal e ironizando a naturalização do trabalho pesado e não reconhecido.
Inserida no contexto do musical “Os Saltimbancos”, inspirado no conto “Os Músicos de Bremen”, a letra amplia seu significado: o jumento representa uma classe social que sustenta a produção e o funcionamento da sociedade, mas não recebe crédito ou recompensa. A lista de itens carregados pelo jumento – “O pão, a farinha, o feijão, carne seca... areia, o cimento, o tijolo, a pedreira” – evidencia a importância e a amplitude desse trabalho, essencial, porém invisível. O verso “Mas quando a carcaça ameaça rachar / Que coices, que coices / Que coices que dá” sugere que até os mais mansos e explorados podem se revoltar quando atingem o limite, trazendo uma crítica social clara à opressão e à exploração das classes trabalhadoras e intelectuais.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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