
Imprópria
Chico Limeira
Crítica à memória oficial em “Imprópria” de Chico Limeira
A música “Imprópria”, de Chico Limeira, faz uma crítica direta e irônica à tradição de nomear ruas, praças e avenidas com nomes de figuras políticas e militares, muitas vezes desconhecidas ou controversas para a maioria das pessoas. Ao mencionar nomes como General Osório, Figueiredo, Geisel, Epitácio e Ruy Carneiro, Chico evidencia como esses personagens, apesar de estarem "imortalizados" em placas, têm pouca ou nenhuma relevância para o cotidiano da população. Muitos deles ainda carregam histórias ligadas ao autoritarismo ou à corrupção. O verso “Pra botar na rua onde passa a massa que não sabe nem quem diabo foi esse barão” destaca o distanciamento entre os homenageados e a vida real das pessoas, criticando a perpetuação de uma memória oficial que não dialoga com a experiência comum.
O tom sarcástico aumenta quando o artista sugere nomes alternativos para os espaços públicos: “Nome de planta, nome de besouro, nome de palhaço e de bailarina”. Chico propõe que nomes ligados à cultura popular, à natureza ou a artistas seriam mais representativos e menos marcados por interesses políticos. Essa provocação gerou polêmica e até ameaças ao cantor, mostrando como a escolha de nomes para logradouros é um tema sensível e politizado. Ao repetir “Intitulado, imortalizado não”, Chico reforça que dar nome a uma rua não garante respeito ou eternidade, apenas perpetua títulos vazios. A música convida a refletir sobre memória, poder e pertencimento nos espaços urbanos.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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