
A Cidade
Chico Science
Contradições sociais e cultura local em “A Cidade”
Em “A Cidade”, Chico Science expõe de forma clara as desigualdades e contradições do crescimento urbano em Recife. A expressão “pedras evoluídas” erguidas por “pedreiros suicidas” destaca o trabalho invisível e o sacrifício dos operários que constroem a cidade, mas não se beneficiam do progresso. Essa crítica se aprofunda ao mostrar que a modernização não traz justiça social, apenas amplia a distância entre ricos e pobres. O verso “Cavaleiros circulam vigiando as pessoas / Não importa se são ruins, nem importa se são boas” evidencia o clima de vigilância e repressão policial, reforçando a sensação de controle constante sobre a população.
O refrão “O de cima sobe e o de baixo desce” resume a crítica à manutenção das desigualdades: enquanto os privilegiados continuam ascendendo, os mais pobres enfrentam condições cada vez piores. A cidade, chamada de “centro das ambições”, atrai pessoas com promessas de ascensão, mas acaba “prostituída por aqueles que a usaram em busca de saída”, denunciando exploração e corrupção. A menção à “mesma fedentina do dia anterior” reforça a ideia de problemas crônicos e falta de mudanças reais. Ao incorporar referências à cultura pernambucana, como a homenagem ao palhaço Velho Faceta e a mistura de ritmos regionais, Chico Science conecta sua crítica social à identidade local, característica do Manguebeat. Assim, “A Cidade” se torna um retrato direto das contradições urbanas de Recife, valorizando a resistência cultural diante das adversidades.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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