
Manguetown
Chico Science
Desigualdade e resistência em “Manguetown” de Chico Science
Em “Manguetown”, Chico Science usa imagens do cotidiano de Recife para expor a desigualdade social e a sensação de estagnação vivida nas periferias. A metáfora central da lama dos manguezais representa tanto as dificuldades quanto a resiliência dos moradores. O verso “Tô enfiado na lama / É um bairro sujo / Onde os urubus têm casas / E eu não tenho asas” destaca o contraste entre a marginalização e a criatividade de quem sobrevive nesse ambiente, reforçando a proposta do Manguebeat de valorizar a cultura local mesmo diante da adversidade.
A música traz cenas do dia a dia, como “andando por entre os becos / andando em coletivos”, para mostrar que todos enfrentam as dificuldades e o “cheiro sujo da lama”, referência direta e simbólica à exclusão social. Apesar do cenário difícil, há espaço para sonho e resistência: “com as asas que os urubus me deram ao dia / eu voarei por toda a periferia” sugere que, mesmo em meio à precariedade, existe a possibilidade de transformação e liberdade, ainda que limitada. O ato de “catar lixo, pegar caranguejo, conversar com urubu” evidencia a relação íntima com o ambiente e a criatividade para sobreviver, elementos centrais do Manguebeat, que mistura tradição e modernidade para propor uma nova identidade cultural para Recife.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



Comentários
Envie dúvidas, explicações e curiosidades sobre a letra
Faça parte dessa comunidade
Tire dúvidas sobre idiomas, interaja com outros fãs de Chico Science e vá além da letra da música.
Conheça o Letras AcademyConfira nosso guia de uso para deixar comentários.
Enviar para a central de dúvidas?
Dúvidas enviadas podem receber respostas de professores e alunos da plataforma.
Fixe este conteúdo com a aula: