Não Se Impressione - Forrobodó (Tango Do Guarda Noturno)

Humor e crítica social em “Não Se Impressione - Forrobodó (Tango Do Guarda Noturno)”

“Não Se Impressione - Forrobodó (Tango Do Guarda Noturno)”, de Chiquinha Gonzaga, destaca-se por transformar situações caóticas do cotidiano em motivo de humor e leveza, refletindo o espírito irreverente do teatro de revista carioca do início do século XX. O refrão “não se impressione”, repetido pelo personagem do guarda-noturno, reforça a ideia de não se abalar diante da confusão, sugerindo que o tumulto faz parte da vida e pode ser encarado com bom humor.

A letra faz referência ao “forrobodó da maçada”, uma festa animada e despretensiosa, aproximando a canção do cotidiano popular ao compará-la a doces como cocada e pão de ló. Expressões como “a zona está estragada” e “tem enguiço, tem feitiço / na garganta faz um nó” brincam com a ideia de que, mesmo quando tudo parece dar errado, o melhor é não se impressionar e seguir em frente. O tom descontraído e bem-humorado da música, aliado à sua função na opereta “Forrobodó”, revela uma crítica leve à ordem e à autoridade, representada pelo guarda-noturno que, diante do caos, prefere rir do que se exasperar.