Minha Vez (part. 2T, TZ da Coronel e Cinquenta)

Superação e conquista em “Minha Vez (part. 2T, TZ da Coronel e Cinquenta)”

“Minha Vez (part. 2T, TZ da Coronel e Cinquenta)”, de Chris Beats ZN, retrata a ostentação de marcas de luxo, carros importados e festas não apenas como consumo, mas como símbolo de vitória sobre a pobreza e a marginalização. Isso fica evidente em versos como “Nós nascemos foi pobre ficamos rico e não foi com sorte”, que reforçam a ideia de conquista por mérito próprio. O contexto do trap brasileiro, marcado pela superação de adversidades, é potencializado pela união de artistas de diferentes origens urbanas, transmitindo uma mensagem de conquista coletiva.

A letra utiliza imagens fortes para mostrar a transformação de vida. O verso “Click clack na Glock não é relógio cheiro da morte” sugere a proximidade com o crime e o perigo, mas também destaca a habilidade de sobreviver e prosperar nesse ambiente. A menção a “Robin Hood” indica uma inversão dos papéis sociais, onde o sucesso é visto como justiça para quem veio de baixo. Já o trecho “Cada lágrima que foi derrama vai ser compensada gastando o malote” mostra que o sofrimento do passado é recompensado pelo luxo e prazer do presente. Ao mesmo tempo, a consciência da efemeridade dessa vida aparece em “Gasto mesmo porque dessa vida nós não leva nada”, indicando que aproveitar o presente é uma resposta direta às incertezas do futuro e à dureza do passado.