Walking in Avalon

Referências míticas e amor cotidiano em “Walking in Avalon”

“Walking in Avalon”, de Christopher Cross, utiliza referências históricas e culturais para criar uma atmosfera de amor idealizado e quase lendário. Ao citar Avalon, a ilha mítica associada ao Rei Arthur, Cross sugere que o relacionamento retratado é um refúgio perfeito, um espaço de felicidade plena e realização. Essa ideia aparece de forma leve na letra, que valoriza detalhes autênticos do cotidiano, como o apartamento bagunçado ou o jeito único de se vestir da pessoa amada. Assim, a música mostra que a felicidade está nas pequenas imperfeições e excentricidades do dia a dia.

As menções a duplas icônicas como Humphrey Bogart e Lauren Bacall, além de John Lennon e Paul McCartney, ampliam o sentido de parceria e cumplicidade, comparando o casal a figuras lendárias do cinema e da música. O verso “A toast to Guinevere / Let's fill our grail with one more beer” (Um brinde a Guinevere / Vamos encher nosso cálice com mais uma cerveja) mistura elementos da mitologia arturiana com situações cotidianas, mostrando que o casal celebra sua própria lenda de forma descontraída. No final, “Walking in Avalon” transmite uma sensação otimista de que, juntos, eles criaram seu próprio paraíso, onde a felicidade é espontânea e compartilhada.