Jack, o Estripador (Shuumatsu no Valkyrie) - Anônimo

Dualidade e obsessão em "Jack, o Estripador (Shuumatsu no Valkyrie)"

A música "Jack, o Estripador (Shuumatsu no Valkyrie)", de Chrono, explora a mente perturbada do personagem Jack, inspirado no famoso assassino e adaptado no mangá "Shuumatsu no Valkyrie". Um dos pontos centrais é a obsessão de Jack por "ver a cor" das pessoas, especialmente em situações de medo e morte. No universo do mangá, essa habilidade sobrenatural permite que ele enxergue as intenções e sentimentos dos outros como cores, o que é refletido no verso “Quanto mais pura a pessoa, mais linda sua cor será”. Aqui, a pureza é associada à vulnerabilidade, e Jack transforma o sofrimento alheio em fascínio, resultado de traumas de infância, como o abandono do pai e a relação conturbada com a mãe.

Chrono destaca a dualidade do personagem ao mostrar seu comportamento sofisticado, típico de um cavalheiro vitoriano que cita Shakespeare, em contraste com sua brutalidade como assassino. Elementos como a "hora do chá" e o uso de armas escondidas em objetos comuns reforçam esse contraste entre aparência refinada e violência extrema. O desejo de Jack de "pintar" suas vítimas com a "mais bela cor" simboliza o prazer mórbido que ele encontra no medo e na morte. O refrão “Antes anônimo, agora Jack, o Estripador” marca a transformação do personagem de alguém invisível para uma figura lendária e temida. Ao questionar "Qual será a sua cor quando tem medo?", a música amplia o debate para temas como corrupção, humanidade e a busca por sentido diante da decadência, indo além da figura histórica do serial killer.