Lápis Lazuli (Steven Universe) - Livre Pra Voar

Trauma em “Lápis Lazuli (Steven Universe) - Livre Pra Voar”

A canção usa a água para traduzir o conflito central da personagem: o mesmo mar que cura também aprisiona. “Pra te prender no mar, me prendo também” condensa o controle que vira autossacrifício. Inspirada em Lápis Lazuli, de Steven Universe, a letra revisita sua origem de cárcere: “Preso nesse espelho...” remete ao período em que ela ficou presa no espelho, e “o único que percebeu foi você!” aponta para Steven como quem reconhece sua dor. O pedido “Eu juro que não sou má / Me dê uma chance de provar” revela a busca por ressignificar sua imagem, enquanto “Serei leve como a água” projeta um caminho de cura. A repetição “Uma Lápis Lazuli” funciona como afirmação de identidade em meio ao trauma.

Quando surge “E quando achei que estaria livre / Você chegou, tirou o meu chão”, entra em cena a dinâmica tóxica e o jogo de poder; no contexto da série, ecoa a fusão que a mantinha presa, refletida em “Pra te prender no mar / Me prendo também”. O motivo do controle (“Tenho controle, não vai me dominar”) se confronta com o desejo de autonomia, amadurecendo em “Eu não serei refém / De mim, nem de ninguém”. As imagens aquáticas e aéreas — “leve como a água”, “Livre pra voar”, “Vasta como o mar” — mapeiam a passagem do fundo ao céu. O azul amarra essa trajetória: “Azul / A cor mais humana... no fundo do oceano... como o céu!”, símbolo de uma emoção que vai da dor abissal à expansão, unindo identidade, cura e liberdade.