Nada de Novo
Ciro Monteiro
Papéis sem conta sobre a minha mesa
O vento espalha as cinzas que deixei
Em forma de poemas
Antigos, relidos
Perdido enfim,
Confesso, até chorei
Nada mais importa
Você passou
Meu samba sem razão
Se acabou
Um sonho foi desfeito
Alguma coisa diz
Preciso abandonar
Os versos que já fiz
Nada de novo
Capaz de despertar minha alegria
O sol, o céu, a rua
Um beijo frio, um ex-amor
Alguém partiu, alguém ficou
É carnaval
Eu gostaria de ver
Esta tristeza passar
Um novo samba compor
Um novo amor encontrar
Mas a tristeza é tão grande no meu peito
Não sei pra que a gente fica desse jeito...
(intervalo instrumental)
(repete a segunda estrofe)
(intervalo instrumental)
(repete as duas últimas estrofes)
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