
Canto das Três Raças
Clara Nunes
Dor e resistência em “Canto das Três Raças” de Clara Nunes
“Canto das Três Raças”, interpretada por Clara Nunes, aborda de forma direta a dor coletiva dos povos indígenas, africanos e europeus que formaram o Brasil. O verso “Ninguém ouviu um soluçar de dor no canto do Brasil” evidencia como o sofrimento dessas populações foi historicamente silenciado. A letra faz referência ao “índio guerreiro” levado ao cativeiro e ao “negro entoou um canto de revolta pelos ares no Quilombo dos Palmares”, conectando a música a episódios marcantes de resistência e opressão na história do país. A menção à luta dos Inconfidentes reforça o contexto de tentativas frustradas de romper com a escravidão e a dominação colonial.
A canção utiliza o canto como símbolo da expressão de dor, mostrando que, mesmo após séculos de luta, “todo o povo dessa terra, quando pode cantar, canta de dor”. O trecho “esse canto que devia ser um canto de alegria soa apenas como um soluçar de dor” destaca a persistência do sofrimento, especialmente do trabalhador brasileiro, cuja voz, em vez de celebrar conquistas, expressa lamentos. Clara Nunes, conhecida por valorizar as raízes afro-brasileiras e indígenas, transforma a música em um manifesto de memória e resistência, ressaltando a importância de reconhecer e dar visibilidade às dores e lutas históricas do povo brasileiro.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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