
Odeon
Clara Sverner
Nostalgia e memória afetiva em “Odeon” de Clara Sverner
Em “Odeon”, interpretada por Clara Sverner, a música ganha um tom nostálgico ao destacar a inversão de papéis na melodia: a mão esquerda conduz a linha principal, criando uma sensação de mundo invertido. O texto de Vinicius de Moraes transforma o chorinho em um personagem vivo, um amigo antigo que carrega tanto a alegria quanto a tristeza de um passado que "era lindo, era triste, era bom". A menção ao "chorinho chamado Odeon" faz referência direta ao Cine Odeon e à trajetória de Ernesto Nazareth, que tocava para entreter o público, tornando a música um símbolo de memória afetiva e de um tempo que não volta mais.
A letra explora a dualidade entre o prazer e a dor das lembranças, como nos versos "Esse bordão que me dá vida e que me mata" e "Eu só queria transformar em realidade a poesia". O chorinho é retratado como um elo com a infância, a esperança e a inocência perdidas, evidenciado no desejo de "recordar e ser criança" e na constatação de que "hoje em dia ninguém sabe mais" como dançar esse ritmo. O tom melancólico se intensifica com o lamento de que "já ninguém chora mais por ninguém", sugerindo uma mudança nos valores e emoções das pessoas ao longo do tempo. Assim, “Odeon” se apresenta como uma homenagem à música brasileira e um retrato sensível da passagem do tempo e da persistência da saudade.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



Comentários
Envie dúvidas, explicações e curiosidades sobre a letra
Faça parte dessa comunidade
Tire dúvidas sobre idiomas, interaja com outros fãs de Clara Sverner e vá além da letra da música.
Conheça o Letras AcademyConfira nosso guia de uso para deixar comentários.
Enviar para a central de dúvidas?
Dúvidas enviadas podem receber respostas de professores e alunos da plataforma.
Fixe este conteúdo com a aula: