Estrelas (part. Oswaldo Montenegro)

A ausência e a memória em “Estrelas (part. Oswaldo Montenegro)”

“Estrelas (part. Oswaldo Montenegro)”, de Clarissa, aborda de forma sensível como a ausência pode ser tão marcante quanto a presença. A música utiliza a imagem das estrelas e o silêncio que delas emana para ilustrar a sensação de vazio e a falta de direção que surgem em momentos de solidão. O verso “Pela marca que nos deixa a ausência de som / Que emana das estrelas” mostra que até o que não se ouve ou não se vê pode deixar uma impressão profunda, reforçando o papel da memória e da conexão afetiva mesmo à distância.

A letra também retrata a solidão do cotidiano, como em “É a solidão nos bares que a gente frequenta”, e destaca a importância das pequenas lembranças compartilhadas, como uma música especial que faz rir e serve de elo mesmo na ausência física. A canção sugere que, diante da falta e do medo, a memória afetiva e rituais simples – como cantar uma música – ajudam a manter viva a presença do outro. A colaboração entre Clarissa e Oswaldo Montenegro, marcada pela emoção e naturalidade, reforça como a arte pode suavizar a saudade, tornando a ausência menos dolorosa e a lembrança mais luminosa, assim como as estrelas silenciosas no céu.