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Cravo e Ferradura

Clarisse Grova

Primeiro foi um som leve
De peneira peneirando
O mar de idéias de um louco
A água dentro do coco
Foi crescendo entre palmeiras
E tambores batucando

Um balbucio, um rugido
Um som de tragédia e circo
Um som de linha de pesca
Som de torno e maçarico

Veio um som de escavadeira
Bate-estaca, britadeira
Um som que machuca e lanha
Um som de lata de banha

Som de caco, som de tralha
Era um som de mutilados
Quebrando gesso e muleta
Um som de festa e batalha

Ah, era um som que me orgulhava
Som de ralé e gentalha
Era o som dos prisioneiros
Som dos Exus catimbeiros!

Ai, era o som da canalha
Trovão, forja, baticum
Som de cravo e ferradura
Dez mil cavalos de Ogum!

Esse é o som da minha terra
Som de andaime despencando
De encosta desmoronando
De rios violentando
As margens do meu limite

Samba, samba, samba
Pulsas em tudo que existe
Vazas se meu sangue escorre
Nasces de tudo o que morre

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Composição: Clarisse Grova / Aldir Blanc / Cristóvão Bastos. Essa informação está errada? Nos avise.
Enviada por Luiz. Revisões por 2 pessoas . Viu algum erro? Envie uma revisão.

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