Meu Tempero É Sal

A Simplicidade e a Essência em 'Meu Tempero É Sal' de Cláudio Lins

A música 'Meu Tempero É Sal' de Cláudio Lins é uma ode à simplicidade e à autenticidade. A letra, repleta de referências culinárias, utiliza a metáfora do tempero para falar sobre a essência das coisas e a importância de manter-se fiel a si mesmo. Cláudio Lins, filho do renomado músico Ivan Lins, traz em sua obra uma mistura de MPB com influências de jazz e bossa nova, sempre com letras que convidam à reflexão.

No primeiro verso, 'Sou macaco velho, manjo de cumbuca', o artista se apresenta como alguém experiente, que conhece os truques e segredos da vida. A expressão 'macaco velho' é uma gíria popular que denota sabedoria adquirida com o tempo. Ao se comparar a um 'mestre cuca', ele sugere que, assim como na culinária, na vida também é preciso saber dosar os ingredientes certos para alcançar o equilíbrio.

A repetição da frase 'Meu tempero é sal' ao longo da música reforça a ideia de que, apesar da variedade de temperos disponíveis, o sal é o mais essencial. O sal, na culinária, é um elemento básico que realça o sabor dos alimentos sem mascará-los. Da mesma forma, a mensagem da música é que a autenticidade e a simplicidade são os verdadeiros temperos da vida. Cláudio Lins menciona outros temperos como açafrão, pimenta, gengibre e cravo, mas sempre retorna ao sal, enfatizando que, no final das contas, o que realmente importa é a essência.

A letra também faz alusão à moderação e ao discernimento, como em 'Páprica, penso e não ponho' e 'Gengibre, eu tenho e não boto'. Essas escolhas refletem a sabedoria de saber o que é necessário e o que pode ser deixado de lado. A música, portanto, é uma reflexão sobre a importância de manter-se fiel à própria essência, valorizando o que é simples e verdadeiro, sem se deixar levar por excessos ou superficialidades.