Filha da puta

A Revolta de um Filho da Pátria: Uma Crítica Social em Forma de Música

A música "Filha da puta" da banda Claustrofobia é uma crítica contundente à situação política e social do Brasil. A letra utiliza uma linguagem forte e direta para expressar a frustração e a indignação com a corrupção e a má gestão do país. A metáfora central compara o Brasil a uma mãe que trabalha na zona, uma imagem chocante que serve para ilustrar a sensação de traição e desilusão com a nação. A expressão "filha da puta" é repetida ao longo da música, reforçando o sentimento de revolta e a percepção de que os cidadãos são vítimas de um sistema corrupto.

A letra também aborda a questão da desigualdade social e econômica. O verso "E eu não vi nenhum tostão da grana toda que ela arrecadou" sugere que os recursos do país são mal distribuídos, beneficiando apenas uma pequena elite, referida como "algum maldito gigolô". Essa imagem reforça a ideia de exploração e abuso de poder, onde os cidadãos comuns são deixados à margem enquanto os poderosos se enriquecem. A música não poupa críticas e utiliza um vocabulário explícito para transmitir a intensidade da insatisfação popular.

Além disso, a música destaca a beleza natural do Brasil, contrastando-a com a corrupção e a má gestão que, segundo a letra, são os verdadeiros problemas do país. O verso "A terra é uma beleza, o que estraga é essa gente" resume essa dualidade, apontando que o problema não é o país em si, mas as pessoas que o governam. Claustrofobia, conhecida por seu estilo agressivo e letras politizadas, utiliza essa música para dar voz a um sentimento coletivo de revolta e desilusão, fazendo um apelo por mudanças profundas na sociedade brasileira.