Promises

Reflexões sobre amor-próprio e vulnerabilidade em “Promises”

Em “Promises”, Cleo Sol aborda a autocrítica e a dificuldade de manter o amor-próprio em meio a relações que desafiam a autoestima. A repetição dos versos “Promise I made was to love myself / Sometimes I lie to myself” (“A promessa que fiz foi me amar / Às vezes eu minto para mim mesma”) destaca como o compromisso de se valorizar pode ser abalado por experiências de abandono e decepção, especialmente quando se busca validação no outro.

O álbum “Mother”, que tem como inspiração a maternidade e o desejo de curar a própria versão mais jovem, aprofunda o significado da música. Quando Cleo Sol canta “I wrote a letter to myself and it was full of promises / One for you and one for me / Love is not our enemy” (“Escrevi uma carta para mim mesma e ela estava cheia de promessas / Uma para você e uma para mim / O amor não é nosso inimigo”), ela sugere que amadurecer envolve perdoar não só o outro, mas também a si mesma por não conseguir cumprir todas as expectativas. A frase “Love is not our enemy” reforça que o amor, apesar das dores e frustrações, não deve ser evitado, mas visto como um caminho para o autoconhecimento e a cura. O refrão, com o lamento “Why'd you have to leave?” (“Por que você teve que partir?”), expressa a vulnerabilidade diante da perda e o conflito entre o desejo de proximidade e a necessidade de preservar a própria integridade emocional.