Inferno

Resiliência e Autossuficiência em 'Inferno' de CLEO

A música 'Inferno' de CLEO é uma poderosa declaração de resiliência e autossuficiência. A letra começa com a artista descrevendo sua vida no escuro, uma metáfora para momentos difíceis e desafiadores. Ela menciona a construção de muros para se proteger, indicando uma necessidade de autodefesa contra as adversidades. A frase 'Canto que os males espanto' sugere que a música e a expressão artística são suas formas de lidar com a dor e a tristeza, uma maneira de exorcizar seus demônios internos.

CLEO também aborda a inveja e o julgamento alheio, simbolizados pela vela que ela acende para aqueles que a invejam. A repetição da frase 'Eu moro no inferno faz tempo' reforça a ideia de que ela está familiarizada com o sofrimento e as dificuldades, mas que isso não a impede de seguir em frente. A oferta de 'esquentar' quem quiser passar por lá pode ser vista como uma demonstração de sua força e capacidade de acolher, mesmo em meio ao caos.

A música também toca na questão da resistência contra as tentativas de silenciamento e opressão. CLEO se descreve como 'louca' e 'perdida', termos frequentemente usados para desqualificar e marginalizar, mas ela os reivindica como parte de sua identidade. A referência às 'águas dos santos' sugere uma conexão espiritual e uma força interior que a mantém firme. Em suma, 'Inferno' é uma celebração da força interior, da capacidade de resistir e de transformar a dor em poder.