Sem a Planta

Crítica social e busca por paz em “Sem a Planta”

“Sem a Planta”, do ConeCrewDiretoria, vai além de uma simples exaltação ao uso da maconha. A música destaca como a planta é vista pelos integrantes como símbolo de paz, bem-estar e liberdade, ao mesmo tempo em que denuncia a repressão policial e o estigma social enfrentados por quem faz uso dela. O refrão, com versos como “Tudo pelo baseado eu faço” e “Sem a planta não dá mais pra viver em paz”, reforça a ideia de uma dependência que não é apenas física, mas também emocional e social. Para os personagens da música, a ausência da maconha representa a perda de tranquilidade e liberdade.

A letra é marcada por críticas sociais, principalmente ao abordar a criminalização do usuário e a violência policial. Isso fica claro em trechos como “Eles querem me algemar, eles querem me prender” e “Eles dão banda até em Saci / Quem dera se não fosse assim e a polícia só pegasse ladrão”. O conflito familiar também aparece, quando a mãe questiona o filho sobre o uso da planta e os riscos envolvidos. O personagem rebate, apontando a hipocrisia da proibição e comparando a maconha a drogas legais como álcool e cigarro. O trecho “Mas se eu resolver plantar, quem eu vou financiar? Dessa sujeira eu poderia me distanciar” sugere uma crítica ao tráfico e defende o autocultivo como alternativa mais ética. Ao final, a repetição de “Com a planta eu tô na paz” resume o sentimento de alívio e pertencimento que a maconha proporciona, enquanto a luta por sua aceitação é apresentada como uma causa legítima para o grupo.