Quazy (Rap da Modinha)

A Crítica ao Mainstream e a Autenticidade no Rap de ConeCrewDiretoria

A música "Quazy (Rap da Modinha)" da ConeCrewDiretoria é uma crítica ácida e bem-humorada ao mainstream musical e à superficialidade da fama. A letra, repleta de ironia e sarcasmo, aborda a transformação de artistas que mudam seu estilo e comportamento para se adequar às tendências populares, muitas vezes perdendo sua autenticidade no processo.

No primeiro verso, Batoré descreve uma mudança radical em seu estilo, adotando elementos típicos de artistas populares como sertanejos e astros de reality shows. Ele menciona o uso de roupas da moda, carros novos e músicas que fazem sucesso em novelas, destacando a superficialidade e a busca por aceitação e fama fácil. A referência a Michel Teló e Babado Novo reforça essa crítica ao sucesso comercial e à perda de identidade artística.

Ari e Cert continuam essa linha de pensamento, enfatizando a ideia de que muitos artistas se vendem para alcançar o sucesso. Ari faz uma paródia de si mesmo, imaginando-se como Michel Teló e brincando com a ideia de fugir da polícia e viver uma vida de excessos. Cert, por sua vez, rejeita essa transformação, afirmando que nunca se venderá e que prefere manter sua autenticidade, mesmo que isso signifique enfrentar dificuldades.

Maomé encerra a música com uma mensagem de resistência e autenticidade. Ele critica aqueles que acusam a ConeCrewDiretoria de ser uma "modinha" e reafirma seu compromisso com o rap verdadeiro e a cultura de rua. A letra destaca a importância de ser fiel a si mesmo e à sua arte, mesmo diante das pressões do mercado e das críticas externas.

"Quazy (Rap da Modinha)" é, portanto, uma declaração de independência artística e uma crítica contundente à superficialidade do sucesso comercial, celebrando a autenticidade e a resistência cultural.