If I Ever

Dilemas pós-término e vulnerabilidade em “If I Ever”

A música “If I Ever” de Conor Maynard explora o conflito interno de quem tenta se proteger após um término, mas reconhece a própria fragilidade diante da possibilidade de recaídas emocionais. O narrador admite que, mesmo querendo distância, pode acabar buscando contato em momentos de fraqueza, como ao ligar para a ex-parceira sob efeito do álcool. Esse dilema ganha ainda mais força ao considerarmos o contexto real do término vivido por Maynard durante a pandemia, quando a comunicação era limitada a chamadas e videochamadas, aumentando o sentimento de isolamento e dificultando o encerramento definitivo da relação.

A letra traz referências diretas a lugares marcantes, como Sydney, onde a ex-namorada morava, e ao local do primeiro beijo, reforçando o peso das lembranças: “I drive past where we first kissed all the time / And now I never look that side of the road” (Eu passo de carro onde nos beijamos pela primeira vez o tempo todo / E agora nunca olho para aquele lado da rua). A sinceridade aparece em versos como “I'm still brokenhearted / And I won't forget / When I barely covered / The scars that you left” (Ainda estou de coração partido / E não vou esquecer / Quando mal escondi / As cicatrizes que você deixou), mostrando a dificuldade de superar o fim. O refrão pede que a ex não atenda ligações em momentos de fraqueza, revelando a consciência do narrador sobre o risco de reviver a dor. O videoclipe, ao apresentar finais alternativos baseados em confiança e suspeita, amplia a reflexão sobre escolhas e percepções no fim de um relacionamento. “If I Ever” transforma uma experiência pessoal em uma mensagem universal sobre limites, recaídas e o desafio de seguir em frente.