Desculpe Amor, Eu Sou Borderline (feat. ch2mera)

Vulnerabilidade e intensidade em "Desculpe Amor, Eu Sou Borderline"

"Desculpe Amor, Eu Sou Borderline (feat. ch2mera)", de COPA (BR), traz uma abordagem direta sobre a experiência de viver com emoções intensas e instabilidade, características associadas ao Transtorno de Personalidade Borderline (TPB), como já indica o título. A música expõe o sofrimento silencioso e a autocrítica, especialmente no verso “Eu sou low profile, eu escondi o braço pra ninguém ver o corte”, que revela a automutilação e o desejo de esconder a dor. Outros trechos, como “Eu vou morrer no quarto sozinho com a garrafa de vinho” e “Eu quero viver, eu quero morrer”, mostram a oscilação entre o desejo de viver e pensamentos autodestrutivos, um traço marcante do TPB.

A letra também destaca a busca por afeto e compreensão, como em “Eu preciso que minha mamãe me conforte, eu não sou forte”, e a relação ambígua com o amor, que oscila entre intensidade e insegurança. O verso “Eu não consigo acreditar que alguém vai me aceitar e me respeitar” evidencia a autossabotagem e a dificuldade de se sentir digno de afeto. Já “Eu sou a pessoa que no automático não tá mais existindo” expressa alienação e desconexão, enquanto “Toda sessão eu falo pra doutora que eu sou o pior dos monstros” mostra a luta interna entre autodepreciação e busca por autocompreensão. COPA utiliza o termo “borderline” para dar voz a uma dor real, sem glamourizar ou estigmatizar, expondo a vulnerabilidade e a complexidade de quem convive com esse sofrimento emocional.