
O Cordel Estradeiro
Cordel Do Fogo Encantado
Tradição e resistência nordestina em “O Cordel Estradeiro”
"O Cordel Estradeiro", do Cordel Do Fogo Encantado, começa com um pedido de bênção a Manoel Chudu, poeta popular, mostrando respeito à tradição oral nordestina e à ancestralidade dos mestres do cordel. Esse gesto inicial, ao pedir permissão para "se tornar verdadeiro" e ser "mensageiro da força do teu trovão", destaca a importância da palavra e da herança cultural no sertão. A letra traz imagens marcantes do cotidiano sertanejo, como a "cascavel poderosa", a "chuva que cai maneira" e a "canção de lavadeira", símbolos que representam luta, esperança e a beleza simples do interior.
A música também faz referência ao cangaço e a Lampião, reforçando o orgulho regional e a ideia de resistência, especialmente quando o eu lírico afirma: "eu também sou cangaceiro". A estrutura poética e o ritmo remetem à literatura de cordel, homenageando a tradição popular. O verso "Vocês que estão no palácio, venham ouvir meu pobre pinho" traz uma crítica social clara, contrapondo a autenticidade do sertão ao distanciamento das elites. A valorização de figuras como Inácio da serra da Catingueira, chamado de "cantador de primeira" mesmo sem escolaridade formal, reforça o reconhecimento do saber popular. Por fim, a metáfora da "foice do cassaco, que tanto corta quanto espana", mostra a poesia popular como instrumento de luta e transformação, reafirmando a força e a versatilidade da cultura nordestina.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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