Vendedor de Flores

O Vendedor de Flores: Amor em um Mundo de Dores

A música 'Vendedor de Flores' de Cortes é uma reflexão profunda sobre a dualidade entre amor e dor no mundo contemporâneo. O artista se compara a um vendedor de flores, alguém que tenta espalhar amor e beleza em um ambiente que parece estar mais interessado em consumir dor e sofrimento. A repetição do refrão 'Me sinto um vendedor de flores, ganhando a vida eu vendo amores, num mundo que só compra dores' enfatiza essa dicotomia e a frustração de tentar promover algo positivo em um cenário predominantemente negativo.

A letra também explora a complexidade das emoções humanas e a luta interna do artista. Ele menciona momentos em que quer ser tudo e nada ao mesmo tempo, refletindo a confusão e a busca por identidade. A metáfora das flores vendidas representa as verdades e esperanças que ele tenta compartilhar, mesmo que ele próprio não tenha vivido todas essas experiências. A ideia de vender 'amores e dores, esperança, um novo Sol' sugere que, apesar das dificuldades, ele ainda acredita na possibilidade de mudança e cura.

Outro ponto importante da música é a crítica social implícita. Cortes fala sobre como as pessoas muitas vezes não valorizam o que realmente importa, preferindo superficialidades. A linha 'Expectativas são sementes plantadas em areia' ilustra a fragilidade das esperanças em um mundo que não está preparado para nutri-las. A música termina com um conselho para não valorizar apenas o que os outros valorizam, sugerindo uma busca por autenticidade e significado verdadeiro na vida. 'Vendedor de Flores' é, portanto, uma canção que mistura introspecção pessoal com uma crítica ao estado emocional e social do mundo atual.