Vago

Solidão e autodescoberta em "VAGO" de Costa Gold

Em "VAGO", Costa Gold aborda a solidão não apenas como isolamento, mas como um espaço de autodescoberta e resistência às pressões externas. O verso “Hoje meu aniversário virou meu adversário” mostra como datas importantes podem se tornar momentos de confronto interno, marcando a passagem do tempo e o distanciamento das expectativas sociais. O refrão reforça a importância de manter a autenticidade mesmo diante do sofrimento: “Mentira, cê é melhor sendo o mesmo” destaca que é mais valioso ser fiel a si mesmo do que tentar se encaixar em padrões impostos.

A música também traz referências à umbanda, como em “meu Ogum, Obaluaê”, conectando a busca pessoal do protagonista a uma dimensão espiritual. Isso sugere que a força para enfrentar as dificuldades pode vir tanto do autoconhecimento quanto da ancestralidade e da fé. O trecho “A vida é drama sem dó / Vida na lama, chuta essa puta da cama / Tentando corromper o seu melhor” usa metáforas urbanas para ilustrar as tentações e desafios do cotidiano, enquanto a luta para não se deixar corromper reforça o tema da resiliência. Assim, "VAGO" constrói uma narrativa sincera sobre crescer, errar e persistir, valorizando a individualidade mesmo quando o mundo parece hostil.