Beautiful

A dualidade e o vazio da beleza em “Beautiful” do Creed

A música “Beautiful” do Creed explora como a beleza, muitas vezes idealizada, pode ser tanto sedutora quanto destrutiva. Logo no início, o verso “She wears a coat of color / Loved by some, feared by others” (“Ela veste um manto de cor / Amada por alguns, temida por outros”) mostra essa ambiguidade: a figura central é admirada, mas também provoca medo e desconforto. A letra aprofunda essa ideia ao mostrar que a beleza não é apenas superficial, mas tem impacto real nas pessoas ao redor, gerando desejo, rivalidade e até conflitos familiares, como em “Lust she breeds in the eyes of brothers / Violent sons make bitter mothers” (“Luxúria ela desperta nos olhos dos irmãos / Filhos violentos fazem mães amarguradas”). Aqui, a beleza é vista como um elemento que pode causar sofrimento e desunião.

No refrão, a música reforça a crítica: “The beautiful is empty / Beautiful is free / Beautiful loves no one / Beautiful stripped me” (“O belo é vazio / O belo é livre / O belo não ama ninguém / O belo me esvaziou”). Esses versos mostram que, apesar de atraente, a beleza pode ser fria e incapaz de oferecer afeto verdadeiro, deixando quem a busca com um sentimento de vazio e perda de identidade. No final, “She told me where I'm going / And it's far away from home / I think I'll go there on my own” (“Ela me disse para onde estou indo / E é bem longe de casa / Acho que vou sozinho”) sugere um afastamento emocional e uma busca solitária por libertação. Assim, “Beautiful” alerta para os riscos de se deixar levar apenas pelas aparências, mostrando que a beleza pode fascinar, mas também destruir.