
Freguês da Meia-Noite
Criolo
Desejo e solidão urbana em “Freguês da Meia-Noite” de Criolo
“Freguês da Meia-Noite”, de Criolo, se passa no Largo do Arouche, em frente ao Mercado das Flores, reforçando a ligação da música com a cidade de São Paulo. Esse cenário realista e melancólico serve de pano de fundo para uma narrativa marcada pela espera, pelo desejo e pela solidão. O restaurante francês e a confeiteira que oferece doces representam tentações e prazeres imediatos, enquanto o personagem central enfrenta seus próprios impulsos, refletindo sobre autocontrole e isolamento.
No trecho “Num quartinho de ilusão / Meu cão que não late em vão / No frio atrito meditei / Dessa vez não serei seu freguês”, Criolo expõe um conflito interno: o desejo é reconhecido, mas resistido, mostrando que nem sempre se cede às tentações, mesmo diante da solidão e do frio da noite. A escolha de elementos do bolero, em contraste com o rap habitual do artista, intensifica o tom introspectivo e dramático da canção. O videoclipe em preto e branco, com atmosfera noir, aprofunda a sensação de nostalgia e mistério. Os doces da confeiteira, descritos como “furta-cor de prazer”, podem ser vistos tanto como tentações sensuais quanto como metáforas para vícios ou desejos reprimidos. Assim, “Freguês da Meia-Noite” se destaca ao retratar, de forma sensível e urbana, o conflito entre desejo e autocontrole na noite paulistana.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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