
Cleane
Criolo
Dor e denúncia social em "Cleane" de Criolo
Em "Cleane", Criolo transforma sua dor pessoal pela perda da irmã, vítima da Covid-19, em uma crítica contundente à negligência das autoridades durante a pandemia. A referência repetida a "Chambers" ironiza promessas não cumpridas de governantes, como no verso “Você não disse que ia passar tudo, Chambers?”, destacando a frustração diante da falta de ação efetiva para proteger os mais vulneráveis. Essa crítica se conecta diretamente ao contexto social brasileiro, onde a pandemia escancarou desigualdades e expôs o abandono das periferias.
A letra traz imagens fortes para denunciar o racismo estrutural e a exploração da tragédia: “Mo-mo-monetiza com pretos morrendo” mostra como a morte de pessoas negras é banalizada e até usada para lucro, enquanto “Dinheiro pra nós pra sair do veneno / Ninguém tá ligando pra pretos morrendo” evidencia o descaso com as comunidades marginalizadas. Ao afirmar “Não é filme do Rambo, Brasil tá sangrando / Essa brisa não bate, bala de veneno”, Criolo contrapõe a dura realidade brasileira à ficção, ressaltando que a violência e o sofrimento são reais. O trecho “O chefe do chefe é o pai do filho” aponta para a perpetuação do poder e da desigualdade, sugerindo que as elites lucram com a tragédia e responsabilizam os mais pobres. Assim, Criolo mistura indignação, luto e crítica social, usando sua experiência para dar voz à dor coletiva e cobrar responsabilidade das autoridades.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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